Viúvas Profissionais
Bonitinhos mas ordinários: como é fácil fazer graça com a amargura! Esses autores que reclamam demais, que sofrem demais, que no auge da adolescência de cinqüenta anos encontram consolo na autocomiseração, cujo gozo torto se resume em fazer com que tenhamos peninha deles, naturalmente essa turma de ressentidos ficaria ofendida, o-fen-di-dí-ssima (bien entendu!), se lhes comparássemos àquelas típicas velhinhas que aos sessenta descobriram que estavam prestes a morrer e, vinte anos depois, torturam todos ao redor por não terem morrido ainda, ou às viúvas, enfim, que encontram na pena alheia o substituto para o carinho conjugal. É claro que a ofensa seria velada, provavelmente disfarçada com uma ironia cáustica performativamente contradita, pois na verdade em nada encontram suficiente valor para a corrosão.
Todavia, é isso que eles escrevem e suas páginas nada são senão o exercício da viuvez profissional de Deus.
4 Comentários:
De quem você está falando?
Você estuda Filosofia na Uerj?
puts...
O erro de Mendeleiev foi simples: cuidou mais de organizar os elementos do que em inventar a fórumla suprema contra a imbecilidade.
Esse comentário se destina à dona Carol: a quem, lamentando a morte do famoso químico, faz falta a fórmula.
P.S. No princípio era o queijo, e do queijo brotaram os vermes, até que surgiu o supremo sanitarista.
oh, perdoe-me por não ser tão inteligente.
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