Uma tarefa para os historiadores
Ganhos e perdas, é claro, só fazem sentido a partir de um critério. É relativamente fácil escrever as histórias das conquistas e descobertas, não apenas porque elas produzem registros e alegrias, mas principalmente porque o critério que as define enquanto tais é algo com que nos identificamos e pelo que nos reconhecemos, ainda que, às vezes, esteja tão próximo que não se deixe enxergar.
Muito mais importante, contudo, especialmente numa época em que a idéia de progresso ainda parece fazer tanto sentido, seria escrever uma história das derrotas, das perdas e dos esquecimentos. Mitigaríamos a idéia de progresso tão logo começasse a ser realizado o impossível inventário infinito não apenas daquilo que se tivesse sacrificado, daquilo a que se tivesse renunciado, ou que ostensivamente se tivesse jogado fora, mas principalmente do que se perdera e daquilo de que se esquecera. Sobretudo daquilo que nunca se tivesse conseguido ou sequer ousado compreender.
2 Comentários:
Gabriel...te achei no POR OUTROS da Carolina Caetano...
enfim, a mocinha sabe o faz,
sabe o que lê...
beijos seguindo-te!
Obrigado! Seja bem-vinda!
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