A Filosofia no Séc. XX
Todos nos lembramos da história do parvo e vaidoso rei que, tendo-lhe sido prometidos novos e mágicos trajes, que apenas os mais inteligentes olhos enxergariam, desfilou nu pela corte por não ousar confessar sua suposta estupidez. Quando crianças, todos nós achamos muita graça do ao mesmo tempo néscio e medroso silêncio que se fez em torno do monarca, da hesitação coletiva em declarar o que já estava muito claro.
A fábula é bastante precisa: foi uma criança que deu o primeiro passo e bradou, com toda a coragem dos que pouco têm a perder, que o rei estava nu, pelado!, desencadeando, após alguns instantes de hesitação, a sonora, descontraída e um tanto quanto estúpida gargalhada do povo.
Por inúmeras gerações, a história encantou crianças de todas as terras, crianças maravilhadas com a audácia do pequeno herói e envaidecidas com a idéia de que foi justamente um pequenino o que teve, ao que parece, a coragem de dizer o que todos já sabiam. Os adultos, contudo, deveriam compreender, ao contar essa história, que absolutamente não se trata de coragem, mas só e tão somente da explosiva combinação de inocência e irresponsabilidade.
Ora, ninguém jamais ouviu o que aconteceu com o reino após o divertido evento. Não me tenhais mal. É compreensível – e é até mesmo louvável – o gesto da criança. Afinal, se as coisas são como são, alguém precisa dizê-lo. No entanto, o ridículo – não obstante não menos compreensível – é a reação da multidão.
Não sejais palhaços! Antes de rirdes de um rei pelado, tende por perto um bom alfaiate (bem como o valor justo a pagar por trajes reais).
A fábula é bastante precisa: foi uma criança que deu o primeiro passo e bradou, com toda a coragem dos que pouco têm a perder, que o rei estava nu, pelado!, desencadeando, após alguns instantes de hesitação, a sonora, descontraída e um tanto quanto estúpida gargalhada do povo.
Por inúmeras gerações, a história encantou crianças de todas as terras, crianças maravilhadas com a audácia do pequeno herói e envaidecidas com a idéia de que foi justamente um pequenino o que teve, ao que parece, a coragem de dizer o que todos já sabiam. Os adultos, contudo, deveriam compreender, ao contar essa história, que absolutamente não se trata de coragem, mas só e tão somente da explosiva combinação de inocência e irresponsabilidade.
Ora, ninguém jamais ouviu o que aconteceu com o reino após o divertido evento. Não me tenhais mal. É compreensível – e é até mesmo louvável – o gesto da criança. Afinal, se as coisas são como são, alguém precisa dizê-lo. No entanto, o ridículo – não obstante não menos compreensível – é a reação da multidão.
Não sejais palhaços! Antes de rirdes de um rei pelado, tende por perto um bom alfaiate (bem como o valor justo a pagar por trajes reais).
3 Comentários:
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
a história foi contada errada: na verdade o juiz estava com um uniforme de juiz de vôlei... e quem o flagrou não foi uma criança e sim um criador de lagartixas.
Este comentário foi removido pelo autor.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial