As caixinhas de comentários ou Do devir símio
Uma das perguntas mais relevantes que me ocupa nesse momento de retorno é sobre a existência ou não da caixa de comentários. A questão é séria.
Num determinado instante, aquele que escreve se encontra em uma situação da qual não pode se esquivar e cuja saída determinará aquilo que ele é. Em um dado momento, o estilo ganha uma força quase independente do conteúdo. Hipostasiada, a bela aparência de sua escrita chega a se tornar uma rival de sua mensagem. O estilo, agora já tornado um mero maneirismo, é então uma fórmula de agrado ao público.
Que ele se cale, pois, até possuir algo que mereça ser escrito. Ou, o que infelizmente é mais comum, o autor se torna um macaco que, tendo aprendido a conquistar aplausos com um certo repertório de números, transforma-se em mera diversão para os outros, fornecedor do que já se espera encontrar ali, e chega a se esquecer de que a simpatia e a gargalhada do público não fazem com que ele próprio deixe de ser uma besta circense.
Que ele se cale, pois, até possuir algo que mereça ser escrito. Ou, o que infelizmente é mais comum, o autor se torna um macaco que, tendo aprendido a conquistar aplausos com um certo repertório de números, transforma-se em mera diversão para os outros, fornecedor do que já se espera encontrar ali, e chega a se esquecer de que a simpatia e a gargalhada do público não fazem com que ele próprio deixe de ser uma besta circense.
Foi em parte por isso que o antigo Descaminhos fora desativado.
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