Descaminhos: Dos velhos e novos descaminhos

segunda-feira, julho 18, 2005

Dos velhos e novos descaminhos

Não faço idéia de por onde anda boa parte da turma que acompanhou o velho Descaminhos em 2002 e 2003. Não os culpo se tiverem desistido de mim. Em todo caso, há de ser interessante reencontrar rostos familiares por aqui com o passar do tempo.
A idéia é ainda mais ou menos a mesma, o que justifica eu manter o mesmo espaço após o devido cuidado de remover as quase 300 páginas de histórico que se encontravam no ar. Há dois motivos complementares que explicam a antissepsia: o primeiro é que eu simplesmente não seria capaz de me sentir indiferente à irresponsabilidade com que certas coisas foram ditas; o segundo é que tendo sido excluído o histórico fico à vontade para republicar antigos textos que ainda me parecem aproveitáveis, com ou sem revisão. Se é verdade que o segundo motivo, não obstante inofensivo e honestamente declarado, reduza-se a uma questão de comodidade, o primeiro não revela, não vos animai, "maturidade intelectual" do Andarilho - decerto não o que por aí se entende por tal. Vós chamais de "maturidade intelectual" o movimento do pensamento cansado de falar para poucos que aquiesce no fim diante dos assustadores beiços da medianidade. Digo, não se trata de eu ter concluído que o falatório na fila do banco não estava tão errado afinal, mas justamente de ter percebido que, em grande parte das vezes, eu fora condescendente demais.
Finalmente, em aspectos práticos, o desdobramento do Descaminhos não poderia se fingir linear depois da ausência perpétua da amiga que, por si só, fez com que valesse realmente a pena cada coisa dita aqui. Não é nada pequena sua parcela de responsabilidade no meu desejo de retorno. Fica o agradecimento já entregue algumas nunca suficientes vezes em vida por tudo que ela me disse e por um dos mais agradáveis jantares de minha vida.

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